Nome: Curimbatá
Nome científico: Prochilodus
Água doce ou salgada: Doce
Família: Prochilodontidae
Características: possui a boca terminal, ou seja, localizada na região anterior da cabeça, em forma de ventosa. Os lábios são grossos e os dentes são numerosos e muito pequenos, dispostos em fileiras podendo se alongar e retrair conforme a situação. As nadadeiras adiposas são bem pequenas, localizadas no dorso, próximo à cauda. Muito rústicos, apresentam hábito alimentar iliófago, o que significa que os curimbatás alimentam-se de pequenos crustáceos e larvas que encontram no lodo do fundo do rio, sendo, por isso, considerados dentritívoros,ou comedores de detritos. Seu longo trato digestivo aproveita material nutritivo que outras espécies não conseguem. As escamas são ásperas e a coloração é prateada escura. A altura do corpo e o comprimento variam de acordo com a espécie. Em algumas espécies os machos podem pesar mais de cinco quilos e atingir 58 cm, e as fêmeas 70 cm e pesar 5,5 quilos, às vezes mais de 6 quilos Outras espécies apresentam apenas centenas de gramas.
Hábitos: Os curimbatás realizam, sempre em grandes cardumes, longas migrações reprodutivas (piracema) para desovar em condições mais favoráveis ao desenvolvimento da prole. Nessa época os machos emitem sons (roncos) que podem ser escutados até fora d'água. Eles vibram uma musculatura especial, e com auxílio da bexiga natatória, produzem um som típico de piracema. Os machos nadam ao lado das fêmeas - que em dado momento expelem seus óvulos. E é no instante em que os óvulos são expelidos que os machos os fecundam com descargas de esperma. Os curimbatás são muito profílicos, podendo uma única fêmea desovar mais de um milhão de óvulos por temporada.
Curiosidades: Devido às inúmeras espécies de peixes e aves predadoras que se alimentam dessa espécie, o curimbatá pode ser considerado a sardinha dos rios brasileiros. As quantidades em que são encontrados em alguns rios, principalmente na época da piracema, impressiona até as pessoas acostumadas com sua presença, tamanha a abundância deles nos rios. O período reprodutivo ocorre na primavera e começo do verão quando geralmente os espécimes estão com grandes reservas de energia (gordos) e não costumam se alimentar. Eles são facilmente observados em corredeiras e obstáculos, quando dão grandes saltos para atingir a cabeceira dos rios.
Onde encontrar: A distribuição natural da espécie é feita pelos rios de todo país: Bacia do Prata, Bacia do São Francisco, Bacias Amazônica e Araguaia-Tocantins. Ele foram introduzidos, por meio de peixamento.
Dica para pescá-lo: por se alimentarem basicamente de detritos orgânicos, é comum que estes peixes se aglomerem em áreas com fundos lodosos das partes baixas (terço final) dos grandes rios. A evolução adaptativa conferiu a estas espécies grande capacidade de freqüentar ambientes com baixa quantidade de oxigênio dissolvido, característicos destes fundos de leito onde a água é mais parada.